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"Importa-vos nascer de novo" João 3:7

Com estas palavras, ditas há quase dois mil anos, Jesus explicava a Nicodemos de que forma o homem poderia entrar no Reino dos Céus. O novo nascimento é a regeneração do espírito humano pelo Espírito Santo de Deus, quando Este passa a habitar a nova criatura, a partir do momento que aceita a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador







segunda-feira, 29 de novembro de 2010

As crianças estão no coração de tudo o que fazemos

O que as crianças diriam ao escutar de nós, adultos, que elas são prioridade absoluta, que cabe a nós, como sociedade civil, poder público, ou simplesmente como cidadãos – sejamos nós pais, tios, primos, amigos ou vizinhos – garantir que sejam protegidas, tenham boa alimentação, educação de qualidade, saúde, lazer, e que possam crescer saudáveis, em um ambiente que respeite a sua individualidade e suas diferenças?

Num mundo em que os filhos são criados, em boa parte, por babás e parentes às vezes nem tão próximos, e são instruídos pelas TVs e computadores, não fica muito difícil identificar quais seriam as suas falas. E o que relatar das que nem instrução têm – nem de escola, nem de TVs e computadores, e muito menos dos pais ou responsáveis. São, na realidade, expostas ao trabalho desde cedo, sem direito a educação, lazer e... O que podemos dizer das que passam fome, dormem ao relento ou pedem nos semáforos, ruas e praças públicas.

Pensar na criança, no que ela é sob a perspectiva do estado de direitos, dentro de um conjunto de regras e normas criadas para protegê-la de qualquer ação ou omissão que vá de encontro a tudo o que lhe é intrínseco, é saber que, no mínimo, estamos sendo negligentes e, numa escala maior de valores, criminosos. Pois, qual é a criança que nos absolveria sabendo “quem ela é” e “qual o seu real valor dentro de sua comunidade e sociedade”? Nós não sabíamos enquanto crianças e elas também não sabem... Não como entendemos hoje, com a clareza e profundidade de um adulto.

Resta a nós, que um dia fomos crianças, e sabemos muito bem até que ponto tivemos os nossos direitos negligenciados, lutar para que a presente geração conheça e viva tudo o que lhe é assegurado, por lei. Pois independente se sua posição social e econômica, as crianças e adolescentes brasileiros são sujeitos de direitos e devem ser beneficiados por políticas públicas de proteção integral, cabendo ao Estado, à comunidade, à sociedade e à família o dever de garantir esses direitos.

A criança e o adolescente devem ser vistos com a máxima prioridade absoluta... Assim diz o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). E, mesmo ainda não tendo chegado a esse nível de entendimento, ou melhor, de planejamento e ações que tornem possível e totalmente executável esse conjunto de regras e normas que priorizam os menores de 18 anos, sabemos que estamos no caminho. Ufa! Que bom! Demos alguns bons e grandes passos.

O ECA foi um deles! Os 20 anos do Estatuto só nos fazem crer que alguns entenderam o que é ser criança e adolescente e um dia tomaram uma decisão em favor daqueles que ainda não sabem e não entendem o seu papel na sociedade. Um avanço que ainda precisa de mais, muito mais... Esforço por parte de cada um de nós que temos a plena consciência de que o futuro pertence às crianças! Que possamos colocar esse tema realmente como prioridade absoluta e viver a frase que diz: “As crianças estão no coração de tudo o que fazemos”.
 
Artigo escrito para a Rede Amiga da Criança em comemoração aos 20 anos do ECA. Acesse o Link: